Localizada na região do Golfo Pérsico, ao leste da Arábia Saudita e a noroeste do Catar, Bahrein é um arquipélago de trinta e cinco ilhas. Com uma área equivalente à metade da cidade de São Paulo, tem uma população de apenas 1,5 milhão de habitantes.
É lá que o brasileiro Tiago Real vive. Natural de Curitiba, Paraná, o experiente meia de 31 anos acumula passagens por equipes como Coritiba, Joinville, Palmeiras, Náutico, Goiás, Bahia, Vitória e Ponte Preta. Hoje, vivendo a sua primeira experiência fora do Brasil, defende o Al-Muharraq, do Bahrein.
O jogador encerrou, na última semana, a sua primeira temporada no país. Os números são extremamente positivos. Em 21 jogos disputados, foram 15 vitórias, três empates e outras três derrotas, aproveitamento de 76,19%. Além disso, marcou oito gols e deu sete assistências. A equipe do brasileiro é uma das fortes candidatas ao titulo do campeonato nacional e da copa.
No entanto, assim como o restante do mundo, por lá, as competições foram afetadas por conta do novo coronavírus. “Nós já vínhamos jogando com portões fechados e, como já estávamos mais para o fim da temporada, foi decidido por adiar os campeonatos. Todos os atletas foram liberados. Com isso, os jogos que faltavam ficarão para o mês de julho e, na sequência, em agosto, já começaremos a temporada 2020-2021”, revelou o atleta, que está próximo de completar 400 jogos como profissional.
Sobre o coronavírus, a situação no país é relativamente segura, é o que garante o meia. “Aqui começou há um mês, no final de fevereiro. Por precaução, o Rei decretou o fechamento das escolas e orientou a população sobre os cuidados com o vírus. Na semana passada foi quando ficou mais séria a situação, por conta da morte de um casal. A partir desse momento, o Rei decidiu tomar medidas mais drásticas como o fechamento de vários estabelecimentos comerciais e a suspensão dos campeonatos esportivos. Pelo o que nos passam aqui, o vírus está bem controlado, são pouco mais de 250 casos no país. O trabalho está sendo bem feito e o cuidado é bem grande. Ainda mais aqui que estamos em uma ilha, pode ser muito perigoso se a situação sair do controle”, concluiu.